"E E Professsor João Pessoa Maschietto": SOCIOLOGIA-ATIVIDADE-PROF VALÉRIO 1°A,B,C,D

SOCIOLOGIA - ATIVIDADE - PROF. VALÉRIO

Aula n°01 - 1°EM -manhã A, B, C - noite D

PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO

BNCC competências 1 e 8

Texto: O processo de socialização. (Livro didático: Sociologia para o ensino Médio-volume único, p.21 a 27)

O indivíduo atua na sociedade da mesma forma em que a sociedade atua na vida do indivíduo. O processo pelo qual os indivíduos formam a sociedade e são formados por ela é chamado de socialização.

A imagem que melhor ilustra esse processo é de uma rede tecida por relações sociais que vão se entrelaçando e compondo diversas outras relações, com se fosse uma delicada teia de relações até formar a sociedade em que você vive, mas atenção, vivemos dentro desta teia , bem como construímos também , isso significa que cada um de nós está dentro de relações sociais.

Cada indivíduo, ao fazer parte da sociedade insere-se em múltiplos grupos e instituições que se entrecruzam. Instituição é o agrupamento de indivíduos para exercer uma atividade em comum como exemplo Escolas, Hospitais, a Prefeitura da sua cidade e tantos outros lugares que as pessoas trabalham para organizar a vida em sociedade. Outras instituições necessárias para a vida em sociedade em grupos são: a família, a escola, a religião e etc Dessa forma o fio da teia parece interminável, pois formam uma complexa rede de relações.

Ainda que cada um tem a sua individualidade, temos que compreender que se constrói no contexto das relações que as pessoas mantém com os outros indivíduos grupos e instituições dos quais participam. Isso significa que todo ser humano, não nasce sabendo o que é viver em sociedade, ele será ensinado a viver em sociedade desde de criança, sendo que se esse processo de aprendizagem não for completado, não tiver o apoio de uma família , terá que ser realizado por outras pessoas, porque o ser humano é uma das especies mais frágeis e que precisa de cuidados ao nascer.

Por isso, cada pessoa vive experiência semelhantes ou diferente das outras com as quais convive.

A pessoa, ao nascer chega ao mundo que já está pronto e com o qual passa a ter uma relação de total estranheza. A criança vai sentir frio e calor, conforto e desconforto, sorrir e chorar; enfim vai começar a se relacionar e conviver com o mundo externo.

Nos primeiros meses de vida, vai aprender a conhecer seu corpo, seja observando e tocando partes dele, seja se olhando no espelho. Nesse momento ainda não se reconhece como indivíduo, pois não domina os códigos sociais; com o tempo, a criança percebe que existe outras coisas ao seu redor: o berço quando o tem, o chão (que pode ser de terra batida, de cimento, de tábua ou de mármore com tapetes) parentes e os objetos que compõem o ambiente em que vive.

Percebe que existe pessoas, pai, mãe, irmãos, tios e avós com os quais vai ter que se relacionar. Percebe que a outros indivíduos, com nomes como José, Maurício,Solange e Mariana são chamados de amigos ou colegas. Passa então a diferenciar as pessoas da família das demais. À medida que cresce vai descobrindo que há coisas que pode fazer e coisas que não podem fazer. Posteriormente saberá que isso é determinado pelas normas e costumes da sociedade a qual pertence.

No processo de conhecimento do mundo, a criança observa que alguns dias são diferentes dos outros. A dias em que os pais não saem para trabalhar e passa mais tempo em casa. São ocasiões em que ela assiste mais a televisão, vai passear em algum parque ou em outro lugar qualquer. Em alguns desses dias percebe que vai a um lugar diferente, que mais tarde identificará como igreja, terreiro, sinagoga ou mesquita (no caso de pais serem Cristão, participar de cultos afro-brasileiros, serem judeus ou muçulmanos, por exemplo). Dos outros dias da semana vai à escola, onde encontra a criança da mesma idade e também outros adultos. A criança vai entendendo o que além da casa e do bairro onde vive existem outros lugares uns parecidos como seu espaço e outros bem diferentes; alguns próximos e outros distantes, alguns grandes e outros pequenos; alguns luxuosos e outros simples ou miseráveis.

Forma uma complexa rede de relações mesmo que cada um tenha a sua individualidade, por isso, constrói no contexto da relações que as pessoas mantém uns com os outros, entre grupos e instituições do quais participa o ué obrigado a participar. Por isso, cada pessoa pode viver experiência semelhantes ou diferente das outras com as quais convive., mesmo morando na mesma cidade , mesmo estudando na mesma escola.

Explicação

O ser humano é um ser social que depende uns dos outros para sobreviver. Todo ser humano precisa ser cuidado ao nascer, isso significa aprender como viver e conviver em sociedade se relacionando uns com os outros. A dependência das pessoas não termina com a infância ao contrário aumenta quando somos levados a conviver com outras situações como a escola e o trabalho. Quando as pessoas não são devidamente socializadas, pode ser um prejuízo enorme para conviver com regras, leis e direitos. Isso acontece porque a sociedade impõem regras que são internalizadas da infância até a vida adulta.

O processo de socialização inicia com o nosso nascimento e terminará com a morte da pessoa, isso significa que acompanha nossa existência. Com certeza no nosso bairro, na nossa escola, nossa socialização acontece dentro da mesma cultura, pode ocorrer diferenças, mas são mínimas, porém, outros estudantes de outros países e até mesmo outros Estados brasileiros, o processo de socialização ,apesar de semelhantes, ocorre de maneira diferentes em alguns aspectos, por exemplo, religião, trabalho e cultura, por isso, o processo de socialização é um dos gerador das diferenças humanas porque reproduz a cultura e a organização social dominante.

A seguir assista um trecho editado do filme L`ENFANT SAUVAGE que pode contribuir para o entendimento do que é e qual a importância do processo de socialização para os seres humanos.

A Influência do processo de socialização no desenvolvimento humano.

Victor de Aveyron (cerca de 1788 - 1828) foi uma criança selvagem que foi encontrado na França em 1798, sendo adotado então pelo educador francês Jean Marc Gaspard Itard. O cineasta francês François Truffaut rodou o filme O Garoto Selvagem baseando-se nos relatos de Jean Marc Gaspard Itard.

L'enfant sauvage (O Garoto Selvagem ou O Menino Selvagem é um filme francês de 1970, do gênero drama, dirigido por François Truffaut e baseado em livro de Jean Itard (1774-1838), um médico psiquiátra francês que se torna responsável pela educação de uma criança selvagem.