quarta-feira, 29 de abril de 2020

SOCIOLOGIA - 1°E.J.A – PROF. VALÉRIO 1° bimestre de 2020

SOCIOLOGIA  - 1°E.J.A – PROF. VALÉRIO
1° bimestre de 2020

Início 01 de maio de 2020 (sexta feira)
Responder e enviar até o dia 18 de maio de 2020


Na aula passada nós estudamos a revolução industrial e as mudanças que esse fenômeno produziu na forma de viver das pessoas, nós estudamos como o trabalho do ser humano  foi modificado por causo da revolução industrial que começou lá na Inglaterra e espalhou pelo mundo. No Brasil a revolução industrial chegou bem mais tarde, entre o final do século 19 e começo do século 20  mais ou menos cem anos atrás. Para se ter uma ideia, a revolução industrial na Inglaterra começou no século 17, ou seja mais de 300 anos antes do que no Brasil, mas nem por isso, seus efeitos na vida social foi tão diferente, isso se deve ao fato de que  mudou a forma como as pessoas trabalhavam e produziam sua existência de vida material. 

Hoje vamos estudar a segunda revolução industrial.
As mudanças não pararam. Houve uma Segunda Revolução Industrial, já em 1860. Se no século 18 (XVIII) a novidade foi o uso do carvão para movimentar as máquinas, agora era a vez da descoberta da eletricidade e do uso do petróleo. Além disso, a transformação do ferro em aço permitiu aumentar e variar toda a produção. 
Com o aperfeiçoamento das máquinas, as fábricas passaram a produzir mais e, embora com muito sacrifício humano, a oferta de emprego aumentou.

Diante do crescimento das indústrias, nos Estados Unidos o dono de uma fábrica de automóvel chamado Henry Ford (nasceu em 1863 e morreu em 1947) pensou: Se as pessoas não podem comprar, a fábrica não cresce! Por isso sua empresa, a Ford, começou a fabricar um automóvel bem mais barato que o produzido pela concorrência: o modelo T.


Para produzir esse carro, Henry Ford pôs em prática um novo jeito de trabalhar: as peças iam até os homens, e não o contrário, como era feito até então. Com isso, ganhava‑se tempo, e cada trabalhador só poderia parar quando seu chefe permitisse.
As propagandas da Ford vendiam a ideia de que felicidade era ter um automóvel e poder passear com ele. O que aconteceu? Como se diz popularmente: o carro vendeu feito pão quente.
Dessa forma, Henry Ford mudou tanto o modo de trabalhar como a maneira de pensar dos norte‑americanos e do mundo. Os salários eram mais altos na Ford, e a empresa contratava inclusive imigrantes, pois eles aceitavam melhor as ordens; ao mesmo tempo, as vendas subiam. Isso se repetiu em diversos tipos de indústrias: de rádios e toca‑discos (as antigas vitrolas), de eletrodomésticos etc. Mas, nos Estados Unidos, os trabalhadores, mesmo com bons salários, não suportavam mais o ritmo pesado e a jornada de trabalho extensa. Outro motivo de preocupação era a poluição, não apenas do ar, como também a sonora, pois o barulho das peças se movendo de um lado para o outro fazia com que os operários perdessem, pouco a pouco, a audição. Eles passaram, então, a se organizar e fazer greves reivindicando redução da jornada diária e melhores condições de trabalho. Era uma situação em que uns precisavam dos outros: os patrões dependiam dos empregados e estes, do emprego. Com as greves, os trabalhadores conquistaram alguns direitos, tais como a jornada de 8 horas diárias.

⧬ E a condição da mulher nesse novo mundo do trabalho? As  mulheres, trabalhavam em qualquer indústria?
As vagas nas fábricas eram ocupadas principalmente por homens. As mulheres eram contratadas para tarefas que exigiam movimentos mais delicados, mãos
menores ou dedos finos e longos. Foi na Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) que elas começaram a trabalhar na fabricação de armamentos e de peças e motores para aviões, uma vez que os homens haviam sido convocados para as forças armadas.

A industrialização no Brasil

O Brasil seguiu os mesmos passos da industrialização nos Estados Unidos, mas com praticamente 40 anos de atraso. Isso porque a indústria só começou a engrenar aqui na década de 1940. O setor têxtil teve forte presença na história da industrialização em nosso país


Você sabia?
Um italiano que veio tentar a vida no Brasil, ou “fazer a América”, na expressão
da época, abriu uma loja de banha em Sorocaba, no interior do estado de São Paulo, e mais tarde tornou-se o maior empresário da América Latina, com 350 empresas. Você já ouviu falar das Indústrias Matarazzo? Eram dele: Francisco Matarazzo.

Como em outros países, a revolução industrial mudou a forma de trabalhar e a vida das pessoas no mundo, a jornada de trabalho saiu do controle do trabalhador e do tempo da natureza (dependência do clima para trabalhar). A jornada era exaustiva e muitas vezes sem limite de horário para crianças, mulheres também, isso não melhorou as condições de vida da população brasileira.

Assim como nos Estados Unidos, em São Paulo os operários organizaram-se a partir do movimento operário anarquista (formado por vários imigrantes europeus) a fim de protestar contra as péssimas condições de trabalho. Eles viam as fábricas crescendo, porém seus salários continuavam baixos. Queriam, também, redução da jornada diária e regras para a participação de mulheres e crianças, entre outras solicitações.
Muitos grevistas foram presos e alguns acordos, assinados, mas nem sempre cumpridos. Uma das conquistas ocorreu em 1917, quando o governo federal publicou uma lei proibindo mulheres e crianças de trabalharem no período noturno. Mas, as conquistas ainda eram poucas e as condições ainda eram precárias em relação aos ganhos.



Em Mogi Guaçu, nessa época, ainda não existia grandes fábricas, as grandes indústrias começaram a surgir a partir da década de 40 do século 20 com a criação das Cerâmicas que fabricavam principalmente manilhas para esgoto, pois no Brasil as cidades estavam crescendo cada vez mais, um fator que foi importante para isso foi a ferrovia que possibilitou o transporte de matéria prima e produtos fabricados e transporte de passageiros. Imagine como era a vida sem transporte entre as cidades, com poucas estradas precárias e como isso impedia o desenvolvimento industrial e comercial da nossa cidade. Se você perguntar para pessoas que trabalharam nas cerâmicas da nossa cidade , com certeza lembrarão das grandes fábricas de Cerâmicas e como empregavam uma quantidade enorme de trabalhadores. Com o fechamento dessas empresas, impactou n o mercado de trabalho com muito desemprego.  Atualmente a última fábrica de revestimento cerâmicos e pisos que ainda funciona na cidade de Mogi Guaçu é  a Cerâmica Lanzi no Jardim YPê. Porém, a nossa cidade atualmente superou o fechamento dessas empresas de cerâmicas abrindo outras empresas, incluindo empresas multinacionais, mas Mogi Guaçu , também, não é somente uma cidade industrial, porque nas últimas décadas desenvolveu o setor de comércio e de prestação de serviço. 
        

Muito bem, mas como a sociologia pode nos ajudar a compreender essas transformações?
A sociologia estuda as mudanças da forma como o ser humano produz sua existência. No começo das sociedades elementares (tribais) o trabalho era desenvolvido para a manutenção da vida, não havia interesse em produzir excedente, trabalhava-se para viver e não viver para trabalhar. Estamos falando de outra relação com o trabalho, ninguém precisava produzir mais do que consumia, mas mesmo assim as trocas aconteciam dentro das necessidades, quem sabe explicar isso de maneira mais profunda é a antropologia , mas por enquanto é necessário compreender  que a partir do momento que os seres humanos passaram a produzir mais do que precisavam para viver com o objetivo de efetuar uma troca com certa vantagem , o trabalho humano foi modificado. Para produzir mais coisas, sozinho nenhum humano conseguiria uma quantidade grande de produtos, então precisou utilizar o trabalho dos outros humanos, mas nem sempre foi de forma espontânea, assim lançou mão da dominação e da escravidão para o trabalho, ou seja o trabalho escravo. Na idade média ocorre outra mudança  (sem deixar de existir o trabalho escravo) , que é a servidão que é uma relação de trabalho de dependência que o trabalhador está preso ao proprietário das terras e das ferramentas, ou seja dos meios de produção. Este tipo de trabalho é chamado de Trabalho por servidão ou trabalho servil.    
É nesse ponto que a revolução industrial modifica as relações de trabalho novamente, com o trabalho assalariado livre, mas para isso acontecer o  trabalhador passou a trabalhar de forma parcelada , por exemplo , numa fábrica de cadeiras , cada setor fabrica uma parte da cadeira , como uma linha de montagem fordista. Esse sistema de trabalho humano passou a ser chamado de divisão social do trabalho. Na próxima aula continuaremos a estudar as mudanças no mundo do trabalho.


Para colaborar com a compreensão do processo de mudanças no trabalho humano, assista a animação Trabalho Febril.

ATENÇÃO, ACESSO O LINK ABAIXO PARA RESPONDER AO QUESTIONÁRIO SOBRE O TRABALHO HUMANO E A S MUDANÇAS. ENTRE RESPONDA E FECHE O QUESTIONÁRIO, SUAS RESPOSTAS SERÃO ENVIADAS PARA UMA PLANILHA DE CORREÇÃO
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https://forms.gle/fYdc555DN7Rrsuai8
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Início 01 de maio de 2020 (sexta feira)
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