SOCIOLOGIA - 1°E.J.A – PROF. VALÉRIO
1° bimestre de 2020
Início 01 de maio de 2020 (sexta feira)
Responder e enviar até o dia 18 de maio de 2020
Na aula
passada nós estudamos a revolução industrial e as mudanças que esse fenômeno
produziu na forma de viver das pessoas, nós estudamos como o trabalho
do ser humano foi modificado por causo da revolução industrial que
começou lá na Inglaterra e espalhou pelo mundo. No Brasil a revolução
industrial chegou bem mais tarde, entre o final do século 19 e começo do século
20 mais ou menos cem anos atrás. Para se ter uma ideia, a revolução industrial
na Inglaterra começou no século 17, ou seja mais de 300 anos antes do que no
Brasil, mas nem por isso, seus efeitos na vida social foi tão diferente, isso
se deve ao fato de que mudou a forma como as pessoas trabalhavam e
produziam sua existência de vida material.
Hoje
vamos estudar a segunda revolução industrial.
As
mudanças não pararam. Houve uma Segunda Revolução Industrial, já em 1860. Se
no século 18 (XVIII) a novidade foi o uso do carvão para movimentar as
máquinas, agora era a vez da descoberta da eletricidade e do uso do
petróleo. Além disso, a transformação do ferro em aço permitiu aumentar
e variar toda a produção.
Com
o aperfeiçoamento das máquinas, as fábricas passaram a produzir mais e,
embora com muito sacrifício humano, a oferta de emprego aumentou.
Diante
do crescimento das indústrias, nos Estados Unidos o dono de uma fábrica de
automóvel chamado Henry Ford (nasceu em 1863 e morreu em 1947) pensou: Se
as pessoas não podem comprar, a fábrica não cresce! Por isso sua
empresa, a Ford, começou a fabricar um automóvel bem mais barato que o
produzido pela concorrência: o modelo T.
Para produzir
esse carro, Henry Ford pôs em prática um novo jeito de trabalhar: as peças
iam até os homens, e não o contrário, como era feito até então. Com
isso, ganhava‑se tempo, e cada trabalhador só poderia parar quando
seu chefe permitisse.
As
propagandas da Ford vendiam a ideia de que felicidade era ter um automóvel
e poder passear com ele. O que aconteceu? Como se diz popularmente: o
carro vendeu feito pão quente.
Dessa
forma, Henry Ford mudou tanto o modo de trabalhar como a maneira de pensar dos
norte‑americanos e do mundo. Os salários eram mais altos na Ford, e a
empresa contratava inclusive imigrantes, pois eles aceitavam melhor as
ordens; ao mesmo tempo, as vendas subiam. Isso se repetiu em diversos
tipos de indústrias: de rádios e toca‑discos (as antigas vitrolas), de
eletrodomésticos etc. Mas, nos Estados Unidos, os trabalhadores, mesmo
com bons salários, não suportavam mais o ritmo pesado e a jornada de
trabalho extensa. Outro motivo de preocupação era a poluição, não apenas
do ar, como também a sonora, pois o barulho das peças se movendo de um
lado para o outro fazia com que os operários perdessem, pouco a pouco, a
audição. Eles passaram, então, a se organizar e fazer greves reivindicando
redução da jornada diária e melhores condições de trabalho. Era uma
situação em que uns precisavam dos outros: os patrões dependiam dos
empregados e estes, do emprego. Com as greves, os trabalhadores conquistaram
alguns direitos, tais como a jornada de 8 horas diárias.
⧬ E a condição da mulher nesse novo mundo do trabalho? As mulheres,
trabalhavam em
qualquer indústria?
As vagas nas fábricas eram ocupadas principalmente por
homens. As mulheres eram contratadas para tarefas que exigiam movimentos mais
delicados, mãos
menores ou dedos finos e longos. Foi na Segunda Guerra
Mundial (1939 a 1945) que elas começaram a trabalhar na fabricação de
armamentos e de peças e motores para aviões, uma vez que os homens haviam sido
convocados para as forças armadas.
A industrialização no Brasil
O Brasil seguiu os
mesmos passos da industrialização nos Estados Unidos, mas com praticamente 40
anos de atraso. Isso porque a indústria só começou a engrenar aqui na década de
1940. O setor têxtil teve forte presença na história da industrialização em
nosso país
Você sabia?
Um italiano que veio tentar a vida no Brasil, ou “fazer a
América”, na expressão
da época, abriu uma loja de banha em Sorocaba, no interior do
estado de São Paulo, e mais tarde tornou-se o maior empresário da América
Latina, com 350 empresas. Você já ouviu falar das Indústrias Matarazzo? Eram
dele: Francisco Matarazzo.
Como em outros países, a
revolução industrial mudou a forma de trabalhar e a vida das pessoas no mundo,
a jornada de trabalho saiu do controle do trabalhador e do tempo da natureza (dependência
do clima para trabalhar). A jornada era exaustiva e muitas vezes sem limite de
horário para crianças, mulheres também, isso não melhorou as condições de vida
da população brasileira.
Assim como nos Estados Unidos, em São Paulo os operários
organizaram-se a partir do movimento operário anarquista (formado por vários
imigrantes europeus) a fim de protestar contra as péssimas condições de
trabalho. Eles viam as fábricas crescendo, porém seus salários continuavam
baixos. Queriam, também, redução da jornada diária e regras para a participação
de mulheres e crianças, entre outras solicitações.
Muitos grevistas foram presos e alguns acordos, assinados,
mas nem sempre cumpridos. Uma das conquistas ocorreu em 1917, quando o governo
federal publicou uma lei proibindo mulheres e crianças de trabalharem no
período noturno. Mas, as conquistas ainda eram poucas e as condições ainda eram
precárias em relação aos ganhos.
Em Mogi Guaçu, nessa época, ainda não existia grandes
fábricas, as grandes indústrias começaram a surgir a partir da década de 40 do
século 20 com a criação das Cerâmicas que fabricavam principalmente manilhas
para esgoto, pois no Brasil as cidades estavam crescendo cada vez mais, um
fator que foi importante para isso foi a ferrovia que possibilitou o transporte
de matéria prima e produtos fabricados e transporte de passageiros. Imagine
como era a vida sem transporte entre as cidades, com poucas estradas precárias
e como isso impedia o desenvolvimento industrial e comercial da nossa cidade. Se
você perguntar para pessoas que trabalharam nas cerâmicas da nossa cidade , com
certeza lembrarão das grandes fábricas de Cerâmicas e como empregavam uma quantidade
enorme de trabalhadores. Com o fechamento dessas empresas, impactou n o mercado
de trabalho com muito desemprego. Atualmente a última fábrica de revestimento cerâmicos e pisos que ainda funciona na cidade de Mogi Guaçu é a Cerâmica Lanzi no Jardim YPê. Porém, a
nossa cidade atualmente superou o fechamento dessas empresas de cerâmicas abrindo outras
empresas, incluindo empresas multinacionais, mas Mogi Guaçu , também, não é somente
uma cidade industrial, porque nas últimas décadas desenvolveu o setor de comércio
e de prestação de serviço.
Muito bem, mas como a sociologia
pode nos ajudar a compreender essas transformações?
A sociologia estuda as
mudanças da forma como o ser humano produz sua existência. No começo das
sociedades elementares (tribais) o trabalho era desenvolvido para a manutenção
da vida, não havia interesse em produzir excedente, trabalhava-se para viver e
não viver para trabalhar. Estamos falando de outra relação com o trabalho, ninguém
precisava produzir mais do que consumia, mas mesmo assim as trocas aconteciam
dentro das necessidades, quem sabe explicar isso de maneira mais profunda é a antropologia
, mas por enquanto é necessário compreender
que a partir do momento que os seres humanos passaram a produzir mais do
que precisavam para viver com o objetivo de efetuar uma troca com certa
vantagem , o trabalho humano foi modificado. Para produzir mais coisas, sozinho
nenhum humano conseguiria uma quantidade grande de produtos, então precisou
utilizar o trabalho dos outros humanos, mas nem sempre foi de forma espontânea,
assim lançou mão da dominação e da escravidão para o trabalho, ou seja o trabalho escravo. Na idade média
ocorre outra mudança (sem deixar de existir
o trabalho escravo) , que é a servidão que é uma relação de trabalho de dependência
que o trabalhador está preso ao proprietário das terras e das ferramentas, ou seja dos meios de produção. Este tipo de trabalho é chamado de Trabalho por servidão ou trabalho servil.
É nesse
ponto que a revolução industrial modifica as relações de trabalho novamente,
com o trabalho assalariado livre, mas para isso acontecer o trabalhador passou a trabalhar de forma
parcelada , por exemplo , numa fábrica de cadeiras , cada setor fabrica uma
parte da cadeira , como uma linha de montagem fordista. Esse sistema de
trabalho humano passou a ser chamado de divisão social do trabalho. Na próxima
aula continuaremos a estudar as mudanças no mundo do trabalho.
Para colaborar com a compreensão do processo de mudanças no trabalho humano, assista a animação Trabalho Febril.
ATENÇÃO, ACESSO O LINK ABAIXO PARA RESPONDER AO QUESTIONÁRIO SOBRE O TRABALHO HUMANO E A S MUDANÇAS. ENTRE RESPONDA E FECHE O QUESTIONÁRIO, SUAS RESPOSTAS SERÃO ENVIADAS PARA UMA PLANILHA DE CORREÇÃO
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https://forms.gle/fYdc555DN7Rrsuai8
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https://forms.gle/fYdc555DN7Rrsuai8
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