Escola Estadual Professor João Pessoa Maschietto
Componente curricular: Língua Portuguesa e Literaturas
Professora: Deusiana M. Conti
Anos envolvidos: 1º EM D, 2º EM D e 3º EM C
Caros Alunos,
Para o obter o referencial teórico para realizar
a atividade proposta nesta semana, vocês deverão assistir a dois vídeos
compartilhados pelo Youtube, ambos são curtos, o primeiro possui três minutos e
quatro segundos, o segundo possui três minutos e cinquenta e quatro segundos.
Essa atividade foi planejada para atender às
habilidades e competências a serem desenvolvidas ao longo dos três anos do
Ensino Médio ao trabalhar com o conteúdo específico de análise crítica de
dados, informações e opiniões
encontrados nas várias mídias.
Espero que a atividade seja de alguma forma
prazerosa de ser realizada.
Depois de assistir aos
vídeos, leia o texto a seguir. Se puder lê-lo na publicação no site de origem é
interessante, pois temos as fotos e as fontes e tamanho das letras, cores e formas
originais: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2020/05/17/winter-a-lhama-que-pode-ajudar-na-busca-por-uma-cura-para-a-covid-19.ghtml
Winter, a
lhama que pode ajudar na busca por uma cura para a Covid-19
Uma lhama que vive tranquilamente em
uma granja na Bélgica leva em seu sangue um anticorpo com potencial de inibir
os efeitos do Sars-Cov-2, nome oficial do novo coronavírus.
Por Carlos Serrano, BBC
17/05/2020 21h16 Atualizado há 10
horas

A lhama Winter vive
na Bélgica e se tornou uma das esperanças na luta contra o novo coronavírus
— Foto: TIM COPPENS via BBC
Winter não sabe, mas uma
equipe de cientistas tem a esperança de que ela se torne uma heroína e ajude a
humanidade.
Essa lhama, que vive em rancho de um
laboratório da Bélgica, guarda em suas células um elemento que pode ser
promissor no tratamento contra a Covid-19, doença causada pelo novo
coronavírus.
Uma pesquisa recente feita em laboratório
revelou que um tipo de anticorpo desenvolvido pelas lhamas pode combater de
maneira efetiva a infecção causada pelo Sars-Cov-2, nome oficial do novo
coronavírus. A pesquisa, porém, ainda está em fase inicial e pode demorar para
ser concluída. E, para que um remédio se torne realidade, o anticorpo precisa
ser testado em humanos, o que não deve acontecer tão cedo.
Os pesquisadores se sentem otimistas,
informou o cientista Daniel Wrapp à BBC Mundo. Ele atua no Departamento de
ciências moleculares da Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos, e
é o principal autor do estudo.
Mas, afinal, o que
faz a Winter ser tão especial na luta contra o novo coronavírus?

As lhamas
desenvolvem um tipo de anticorpos que pode ajudar no combate ao Sars-Cov-2
— Foto: TIM COPPENS via BBC
Nanocorpos
A história com a
lhama Winter (inverno, em inglês) começou em 2016, quando ela tinha apenas
meses de vida.
Na época,
cientistas da Universidade de Texas e da Universidade de Gante, na Bélgica,
escolheram Winter para investigar o Sars-Cov-1 e o MERS-Cov, que são
coronavírus da mesma família do Sars-Cov-2.
Os estudiosos
descobriram que quando o sistema imune das lhamas detecta um invasor externo,
como um vírus ou uma bactéria, o seu organismo produz um anticorpo do tamanho
de um quarto do tipo de anticorpo que é desenvolvido pelos humanos.
Por isso, os
cientistas os chamam de "nanocorpos". Outros camelídeos, como alpacas
e os camelos, também desenvolvem nanocorpos.
Os tubarões também
desenvolvem esses elementos. Porém, é mais fácil lidar com uma lhama do que com
um tubarão, explica Wrapp.
O sistema
imunológico dos humanos não produz esses nanocorpos. A vantagem dos nanocorpos
é que em razão do tamanho, se agarram mais facilmente às proteínas do
coronavírus, que fazem com que o Sars-Cov-2 ataque as células do corpo humano.
O sistema
imunológico dos humanos não produz esses nanocorpos. A vantagem dos nanocorpos
é que em razão do tamanho, se agarram mais facilmente às proteínas do
coronavírus, que fazem com que o Sars-Cov-2 ataque as células do corpo humano.

Os nanocorpos (em
azul) se atrelam às proteínas do novo coronavírus (rosa, verde e laranja) e
assim impedem que o vírus infecte a célula — Foto: UNIVERSIDAD DE TEXAS EN
AUSTIN via BBC
No experimento de
2016, os investigadores injetaram as proteínas que envolvem o Sars-Cov-1 e o
MERS-Cov em Winter e notaram que os nanocorpos desenvolvidos pela lhama
mostraram uma boa capacidade para deter a infecção do Sars-Cov-1.
Quatro anos depois,
diante da pandemia do novo coronavírus, Wrapp e sua equipe fizeram novos
experimentos para ver quão efetivos seriam os resultados dos nanocorpos contra
o Sars-Cov-2.
Inspirados nos
nanocorpos de Winter, Wrapp e sua equipe desenvolveram um tipo de anticorpo
para enfrentar o novo coronavírus.
Os resultados
iniciais dos testes apontam que o nanocorpo pode neutralizar a proteína do
Sars-Cov-2 que ataca o organismo humano.
"Esperamos que
esse anticorpo possa servir como um tratamento para reduzir a carga do novo
coronavírus e os sintomas da Covid-19", disse Wrapp.
Proteção imediata
Esta descoberta
pode levar à criação de um tratamento no qual são injetados os anticorpos em
uma pessoa saudável para que ela se proteja de um possível contágio pelo novo
coronavírus. Esse tratamento também pode fazer com que uma pessoa já infectada
receba os anticorpos e seus sintomas da doença sejam menores.

O Sars-Cov-2
utiliza proteínas em forma de espinho para aderir às células humanas que ataca
—
Foto: GETTY via BBC
Essa proteção
imediata, dizem os pesquisadores, seria um grande benefício para as pessoas
que, algumas vezes, não respondem efetivamente às vacinas. Também podem
beneficiar trabalhadores da saúde que estão em constante risco de contágio.
Os estudos com lhamas
De acordo com
Wrapp, não é muito comum fazer experimentos com lhamas. No entanto, o objetivo
do estudo era analisar um animal que gerasse uma resposta imune distinta à dos
humanos.
Agora que já sabem
que os nanocorpos das lhamas mostram resultados promissores, Wrapp e sua equipe
se preparam para começar as provas com outros animais como porquinhos da índia
ou primatas, mais parecidos com os humanos.
"Se tudo sair perfeito e
chegarmos à etapa de fazer provas em humanos, poderemos ter uma droga aprovada
em um ano", diz Wrapp.
O processo de passar de uma prova de laboratório
para ensaios em humanos pode demorar vários anos, mas em meio à pressão causada
pelo novo coronavírus, o pesquisador acredita que esse procedimento pode
acontecer em tempo recorde.
"Queremos assegurar que temos algo seguro e
efetivo antes de aplicarmos em humanos", diz. "É preciso ser
cauteloso, porque há uma grande diferença entre ensaios em um laboratório e a
resposta imune entre os humanos".
Um longo caminho
Matthew DeLisa, diretor do Instituto de
Biotecnologia da Universidade de Cornell, em Nova York, afirma que o estudo com
a lhama "tem um enfoque distinto".
"É certo que as lhamas não são os animais mais
comuns em estudos experimentais. Porém, nos últimos anos elas se tornaram muito
populares como fontes de anticorpos, especialmente por conta dos
nanocorpos", diz DeLisa, que participa desses estudos, à BBC Mundo.

Especialistas
afirmam que é necessário buscar muitos anticorpos que possam ser candidatos a
combater o novo coronavírus — Foto: GETTY via BBC
DeLisa, no entanto, ressalta que há "um longo
caminho pela frente" para que esses anticorpos sejam aprovados em
tratamentos com humanos.
"Essa não é uma terapia padrão. É preciso
demonstrar que é seguro e eficaz usar anticorpos de lhamas em humanos",
diz o pesquisador. Segundo ele, as pesquisas devem ir além dos testes in vitro
— fase preliminar das pesquisas, em ambientes controlados e fechados de um
laboratório.
O especialista ressalta que é fundamental que sejam
feitos mais estudos sobre o tema.
"Não é suficiente que seja
apenas uma equipe para encontrar os nanocorpos. Necessitamos que haja muitas
equipes desenvolvendo muitos tipos de anticorpos, com a esperança de que ao
menos um seja útil contra o novo coronavírus", declara.
Enquanto os cientistas avançam nos estudos de
anticorpos contra o novo coronavírus, Winter, hoje com quatro anos, segue
pastando tranquilamente nos campos da Bélgica.
"Ela está muito bem. Desfrutando de um
merecido descanso", diz Wrapp.
Disponível
em: <https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2020/05/17/winter-a-lhama-que-pode-ajudar-na-busca-por-uma-cura-para-a-covid-19.ghtml>.
Acesso em 18maio2020
Após a leitura responda às questões:
1) Quais as diferenças entre o texto gênero reportagem e o
texto gênero notícia?
2) Qual o tema da reportagem “Winter, a lhama que pode
ajudar na busca por uma cura para a covid 19”?
3) Qual o recorte temático desse tema presente no texto? Recorte
temático pode ser entendido como o assunto dentro de tema. Lembre-se título,
tema e recorte temático (assunto) são diferentes.
4) Faça um resumo do texto, utilize no mínimo 10 e no
máximo 12 linhas.
Orientações para o desenvolvimento da atividade:
a) A atividade deverá ser manuscrita em folha de caderno e
entregue na Escola no dia 22/05 das 19h ás 20h30 min. Não se esqueça de tirar as “barbinhas” da
folha;
b) Na parte superior da folha escreva o cabeçalho, dele
devem constar necessariamente as
seguintes informações:
- E.E. Prof.
João Pessoa Maschietto
- Componente
curricular: Língua Portuguesa e Literaturas;
- Professora
Deusiana M. Conti
- Nome completo
do Aluna(a)
- Ano ao qual o
Aluno (a) pertence 1º EM D, 2º EM D ou 3 EM C;
c) Copie as perguntas e responda às questões utilizando-se
da norma culta da Língua Portuguesa escrita. Mobilize para essas respostas os
conhecimentos construídos ao longo da sua escolaridade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário