terça-feira, 12 de maio de 2020

História - José Ferré - Atividade para entrega dia 22/05 conforme cronograma


ATIVIDADES DE HISTORIA PARA O 3° ANO DO ENSINO MÉDIO

Prof. José Ferré  Período: 11/05/2020 a 22/05/2020 - Entregar conforme cronograma na escola dia 22/05 as questões e respostas numa folha contendo: nome / número / série e matéria


Tema:  República Oligárquica

HISTÓRIA DO BRASIL

 


 A República Oligárquica inaugurou um novo período político no Brasil, durante a Primeira República, no qual a oligarquia cafeeira paulista dominou o poder político.

Com a proclamação da República, em 1889, inaugurou-se um novo período na história política do Brasil: o poder político passou a ser controlado pelas oligarquias rurais, principalmente as oligarquias cafeeiras. Entretanto, o controle político exercido pelas oligarquias não aconteceu logo em seguida à proclamação da República – os dois primeiros governos (1889-1894) corresponderam à chamada República da Espada, ou seja, o Brasil esteve sob o comando do exército. Marechal Deodoro da Fonseca liderou o país durante o Governo Provisório (1889-1891). Após a saída de Deodoro, o Marechal Floriano Peixoto esteve à frente do governo brasileiro até 1894.
No ano de 1894, os grupos oligárquicos, principalmente a oligarquia cafeeira paulista, estavam articulando para assumir o poder e controlar a República. Os paulistas apoiaram Floriano Peixoto. Dessa aliança surgiu o candidato eleito nas eleições de março de 1894, Prudente de Morais, filiado ao Partido Republicano Paulista (PRP). A partir de então, o poder político brasileiro ficou restrito às oligarquias agrárias paulista e mineira, de 1894 a 1930, período conhecido como República Oligárquica. Assim, o domínio político presidencial durante esse intervalo de tempo prevaleceu entre São Paulo e Minas Gerais, efetivando a política do café-com-leite.
Durante o governo do presidente Campo Sales (1898-1902), a República Oligárquica efetivou o que marcou fundamentalmente a Primeira República: a chamada política dos governadores, que se baseava nos acordos e alianças entre o presidente da República e os governadores de estado, que foram denominados Presidentes de estado. Estes sempre apoiariam os candidatos fiéis ao governo federal; em troca, o governo federal nunca interferiria nas eleições locais (estaduais).
Mas, afinal, como era efetivado o apoio aos candidatos à presidência da República do governo federal pelos governadores dos estados? Esse apoio ficou conhecido como coronelismo: o título de coronel surgiu no período imperial, mas com a proclamação da República os coronéis continuaram com o prestígio social, político e econômico que exerciam nas vizinhanças das localidades de suas propriedades rurais. Eles eram os chefes políticos locais e exerciam o mandonismo sobre a população.

Os coronéis sempre exerceram a política de troca de favores, mantinham sob sua proteção uma enorme quantidade de afilhados políticos, em troca de obediência rígida. Geralmente, sob a tutela dos coronéis, os afilhados eram as principais articulações políticas. Nas áreas próximas à sua propriedade rural, o coronel controlava todos os votos eleitorais a seu favor (esses locais ficaram conhecidos como “currais eleitorais”).
Nos momentos de eleições, todos os afilhados (dependentes) dos coronéis votavam no candidato que o seu padrinho (coronel) apoiava. Esse controle dos votos políticos ficou conhecido como voto de cabresto, presente durante toda a Primeira República, e foi o que manteve as oligarquias rurais no poder.
Durante a Primeira República, o mercado tinha o caráter agroexportador e o principal produto da economia brasileira era o café. No ano de 1929, com a queda da Bolsa de Valores de Nova York, a economia cafeeira brasileira enfrentou uma enorme crise, pois as grandes estocagens de café fizeram com que o preço do produto sofresse uma redução acentuada, o que ocasionou a maior crise financeira brasileira durante a Primeira República.

Na Revolução de 1930, Getúlio Vargas assumiu o poder após um golpe político que liderou juntamente com os militares brasileiros. Os motivos do golpe foram as eleições manipuladas para presidência da República, as quais o candidato paulista Júlio Prestes havia ganhado, de forma obscura, em relação ao outro candidato, o gaúcho Getúlio Vargas, que, não aceitando a situação posta, efetivou o golpe político, acabando de vez com a República Oligárquica e com a supremacia política da oligarquia paulista e mineira.


A política dos governadores foi o principal instrumento político que manteve no poder local (estados) e central (Brasil) as oligarquias rurais.

CARVALHO, Leandro. "República Oligárquica"
Lista de Exercícios
Questão 1
1.1  – Vamos refletir sobre alguns conceitos apresentados ao longo do texto?
a)      Reflita sobre as palavras OLIGARQUIA, REPÚBLICA, CORONELISMO e CURRAL ELEITORAL. Com base no que você já conhece tente descrevê-las.
b)      Depois de descrevê-las, à partir dos seus conhecimentos prévios, pesquise o significado das mesmas e compare com a sua definição inicial.. Reflita: “existem  semelhanças entre elas”?
Questão 2
Pesquise e defina o que era o VOTO DE CABRESTO.

Questão 3
A República Oligárquica ficou caracterizada pelo sistema político contaminado por interesses regionais. Esse tipo de política acabou por produzir fenômenos como o “voto de cabresto” e o “clientelismo”, típicos de um fenômeno maior conhecido como:
a) anarquismo.
b) coronelismo.
c) fascismo.
d) peronismo.
e) absolutismo.

Questão 4
(Mackenzie) "Em julho de 1924, a elite paulista buscava fugir da capital, bombardeada a esmo pelas forças legalistas (...). Os misteriosos tenentes, dos quais toda a gente falava, tinham ocupado a cidade". Boris Fausto.
O trecho se reporta a um dos movimentos tenentistas dos anos 20, cujo objetivo era:
a) Defender o setor cafeeiro em detrimento dos demais produtos nacionais.
b) Apoiar o governo de Artur Bernardes, representante de seus ideais.
c) Introduzir um governo esquerdista, apoiando as reivindicações anarco-sindicalistas.
d) Estabelecer o voto secreto e a derrubada da oligarquia paulista, expressão dos piores vícios do regime.
e) Restabelecer o governo monárquico, considerado politicamente mais estável.

QUESTÃO 5

A Revolução Federalista, ocorrida entre 1893 e 1895, no Rio Grande do Sul, contra o governo de Júlio de Castilhos, que era apoiado pelo poder federal republicano, tinha como reivindicação principal:
a) a criação de um regime parlamentarista republicano, cujo primeiro-ministro governaria de fato.
b) a mudança da capital do país, do Rio de Janeiro para Brasília.
c) a mudança da capital do país, do Rio de Janeiro para o Rio Grande do Sul.
d) o restabelecimento da monarquia, mas com viés parlamentarista.
e) a descentralização política do poder e a maior autonomia dos estados.

QUESTÃO 6

(UFC) "Eram certas as notícias. Canudos aumentara em três semanas de modo extraordinário. (...) Como nos primeiros tempos de fundação, a todo momento, pelo alto das colinas, apontavam grupos de peregrinos em demanda da paragem lendária - trazendo tudo, todos os haveres; muitos carregando em redes os parentes enfermos, moribundos ansiando pelo último sono naquele sono sacrossanto, ou cegos, paralíticos ou lázaros, destinando-se ao milagre, à cura imediata, a um simples gesto do taumaturgo venerado." (CUNHA, Euclydes da. Os Sertões. Campanha de Canudos. 37 ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995. Pp. 329-330).
A partir deste relato, é correto afirmar a respeito da comunidade de Canudos que:
a) A afluência de sertanejos em direção à comunidade de Canudos permaneceu constante durante todo o período das batalhas com o exército federal e só declinou após a morte de Antônio Conselheiro, ocorrida no início do século XX.
b) A destruição de Canudos significou uma grande vitória do governo republicano brasileiro sobre o latifúndio e sobre o fanatismo dos sertanejos, que procuravam a comunidade apenas pelo seu aspecto sagrado.
c) A fácil vitória das forças federais sobre os sertanejos acampados em Canudos deveu-se à fragilidade do exército de Antônio Conselheiro, formado por velhos e enfermos.
d) A comunidade de Canudos representava para os sertanejos pobres uma alternativa de vida diante do latifúndio, e a fé em Antônio Conselheiro se fortaleceu mais ainda com as primeiras vitórias sobre as forças federais.
e) A derrota final do exército federal em Canudos demonstrou a força do comunismo que se praticava naquela comunidade, onde a produção representava o centro das atividades dos sertanejos liderados por Antônio Conselheiro.

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