ATIVIDADES DE HISTORIA PARA O 3° ANO
DO ENSINO MÉDIO
Prof. José Ferré
Período: 11/05/2020 a 22/05/2020 - Entregar conforme cronograma na escola dia 22/05 as questões e respostas numa folha contendo: nome / número / série e matéria
Tema: República
Oligárquica
HISTÓRIA DO BRASIL
A República Oligárquica inaugurou um novo período
político no Brasil, durante a Primeira República, no qual a oligarquia cafeeira
paulista dominou o poder político.
Com a proclamação da República,
em 1889, inaugurou-se um novo período na história política do Brasil: o poder
político passou a ser controlado pelas oligarquias rurais, principalmente as
oligarquias cafeeiras. Entretanto, o controle político exercido pelas
oligarquias não aconteceu logo em seguida à proclamação da República – os dois
primeiros governos (1889-1894) corresponderam à chamada República da Espada, ou
seja, o Brasil esteve sob o comando do exército. Marechal Deodoro da Fonseca
liderou o país durante o Governo Provisório (1889-1891). Após a saída de
Deodoro, o Marechal Floriano Peixoto esteve à frente do governo brasileiro até
1894.
No ano de
1894, os grupos oligárquicos, principalmente a oligarquia cafeeira paulista,
estavam articulando para assumir o poder e controlar a República. Os paulistas
apoiaram Floriano Peixoto. Dessa aliança surgiu o candidato eleito nas eleições
de março de 1894, Prudente de Morais, filiado ao Partido Republicano Paulista
(PRP). A partir de então, o poder político brasileiro ficou restrito às
oligarquias agrárias paulista e mineira, de 1894 a 1930, período conhecido como
República Oligárquica. Assim, o domínio político presidencial durante esse
intervalo de tempo prevaleceu entre São Paulo e Minas Gerais, efetivando a
política do café-com-leite.
Durante o
governo do presidente Campo Sales (1898-1902), a República Oligárquica efetivou o que marcou fundamentalmente a
Primeira República: a chamada política dos governadores, que se baseava nos
acordos e alianças entre o presidente da República e os governadores de estado,
que foram denominados Presidentes de estado. Estes sempre apoiariam os
candidatos fiéis ao governo federal; em troca, o governo federal nunca
interferiria nas eleições locais (estaduais).
Mas, afinal, como era efetivado o apoio aos candidatos à
presidência da República do governo federal pelos governadores dos estados?
Esse apoio ficou conhecido como coronelismo: o título
de coronel surgiu no período imperial, mas com a proclamação da República os
coronéis continuaram com o prestígio social, político e econômico que exerciam
nas vizinhanças das localidades de suas propriedades rurais. Eles eram os
chefes políticos locais e exerciam o mandonismo sobre a população.
Os coronéis
sempre exerceram a política de troca de favores, mantinham sob sua proteção uma
enorme quantidade de afilhados políticos, em troca de obediência rígida.
Geralmente, sob a tutela dos coronéis, os afilhados eram as principais
articulações políticas. Nas áreas próximas à sua propriedade rural, o coronel
controlava todos os votos eleitorais a seu favor (esses locais ficaram conhecidos
como “currais eleitorais”).
Nos momentos
de eleições, todos os afilhados (dependentes) dos coronéis votavam no candidato
que o seu padrinho (coronel) apoiava. Esse controle dos votos políticos ficou
conhecido como voto de cabresto, presente durante toda a Primeira República, e
foi o que manteve as oligarquias rurais no poder.
Durante a Primeira República, o mercado tinha o
caráter agroexportador e o principal produto da economia brasileira era o café.
No ano de 1929, com a queda da Bolsa de Valores de Nova York, a economia
cafeeira brasileira enfrentou uma enorme crise, pois as grandes estocagens de
café fizeram com que o preço do produto sofresse uma redução acentuada, o que
ocasionou a maior crise financeira brasileira durante a Primeira República.
Na Revolução de 1930, Getúlio Vargas
assumiu o poder após um golpe político que liderou juntamente com os militares
brasileiros. Os motivos do golpe foram as eleições manipuladas para presidência
da República, as quais o candidato paulista Júlio Prestes havia ganhado, de
forma obscura, em relação ao outro candidato, o gaúcho Getúlio Vargas, que, não
aceitando a situação posta, efetivou o golpe político, acabando de vez com a
República Oligárquica e com a supremacia política da oligarquia paulista e
mineira.
A política dos governadores foi o
principal instrumento político que manteve no poder local (estados) e central
(Brasil) as oligarquias rurais.
CARVALHO,
Leandro. "República Oligárquica"
Lista de
Exercícios
Questão 1
1.1 –
Vamos refletir sobre alguns conceitos apresentados ao longo do texto?
a) Reflita
sobre as palavras OLIGARQUIA, REPÚBLICA, CORONELISMO e CURRAL ELEITORAL. Com
base no que você já conhece tente descrevê-las.
b) Depois
de descrevê-las, à partir dos seus conhecimentos prévios, pesquise o
significado das mesmas e compare com a sua definição inicial.. Reflita:
“existem semelhanças entre elas”?
Questão 2
Pesquise e defina o que era o VOTO
DE CABRESTO.
Questão 3
A
República Oligárquica ficou caracterizada pelo sistema político contaminado por
interesses regionais. Esse tipo de política acabou por produzir fenômenos como
o “voto de cabresto” e o “clientelismo”, típicos de um fenômeno maior conhecido
como:
a)
anarquismo.
b)
coronelismo.
c) fascismo.
d)
peronismo.
e)
absolutismo.
Questão 4
(Mackenzie)
"Em julho de 1924, a elite paulista buscava fugir da capital, bombardeada
a esmo pelas forças legalistas (...). Os misteriosos tenentes, dos quais toda a
gente falava, tinham ocupado a cidade". Boris Fausto.
O trecho
se reporta a um dos movimentos tenentistas dos anos 20, cujo objetivo era:
a)
Defender o setor cafeeiro em detrimento dos demais produtos nacionais.
b) Apoiar
o governo de Artur Bernardes, representante de seus ideais.
c)
Introduzir um governo esquerdista, apoiando as reivindicações
anarco-sindicalistas.
d)
Estabelecer o voto secreto e a derrubada da oligarquia paulista, expressão dos
piores vícios do regime.
e)
Restabelecer o governo monárquico, considerado politicamente mais estável.
QUESTÃO
5
A Revolução Federalista, ocorrida entre
1893 e 1895, no Rio Grande do Sul, contra o governo de Júlio de Castilhos, que
era apoiado pelo poder federal republicano, tinha como reivindicação principal:
a) a criação de um regime
parlamentarista republicano, cujo primeiro-ministro governaria de fato.
b) a mudança da capital do país, do Rio
de Janeiro para Brasília.
c) a mudança da capital do país, do Rio
de Janeiro para o Rio Grande do Sul.
d) o restabelecimento da monarquia, mas
com viés parlamentarista.
e) a descentralização política do poder
e a maior autonomia dos estados.
QUESTÃO
6
(UFC) "Eram certas as notícias.
Canudos aumentara em três semanas de modo extraordinário. (...) Como nos
primeiros tempos de fundação, a todo momento, pelo alto das colinas, apontavam
grupos de peregrinos em demanda da paragem lendária - trazendo tudo, todos os
haveres; muitos carregando em redes os parentes enfermos, moribundos ansiando
pelo último sono naquele sono sacrossanto, ou cegos, paralíticos ou lázaros,
destinando-se ao milagre, à cura imediata, a um simples gesto do taumaturgo
venerado." (CUNHA, Euclydes da. Os Sertões. Campanha de Canudos. 37 ed.
Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995. Pp. 329-330).
A partir deste relato, é correto
afirmar a respeito da comunidade de Canudos que:
a) A afluência de sertanejos em direção
à comunidade de Canudos permaneceu constante durante todo o período das
batalhas com o exército federal e só declinou após a morte de Antônio
Conselheiro, ocorrida no início do século XX.
b) A destruição de Canudos significou
uma grande vitória do governo republicano brasileiro sobre o latifúndio e sobre
o fanatismo dos sertanejos, que procuravam a comunidade apenas pelo seu aspecto
sagrado.
c) A fácil vitória das forças federais
sobre os sertanejos acampados em Canudos deveu-se à fragilidade do exército de
Antônio Conselheiro, formado por velhos e enfermos.
d) A comunidade de Canudos representava
para os sertanejos pobres uma alternativa de vida diante do latifúndio, e a fé
em Antônio Conselheiro se fortaleceu mais ainda com as primeiras vitórias sobre
as forças federais.
e) A derrota final do exército federal
em Canudos demonstrou a força do comunismo que se praticava naquela comunidade,
onde a produção representava o centro das atividades dos sertanejos liderados
por Antônio Conselheiro.
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