sexta-feira, 1 de maio de 2020

SOCIOLOGIA ATIVIDADE – 3°A, 3°B, 3°C- PROF. VALÉRIO 1° bimestre de 2020 REVISÃO - CIDADANIA, IGUALDADE E INCLUSÃO.

SOCIOLOGIA – 3°A, 3°B e 3°C - PROF. VALÉRIO
1° bimestre de 2020
REVISÃO - CIDADANIA, IGUALDADE E INCLUSÃO.
Início 01 de maio de 2020 (sexta feira)
Responder e enviar até o dia 18 de maio de 2020(sexta)



I – Cidadania em construção

Vamos estudar o tema cidadania e conhecer como nossos direitos foram conquistados.

Podemos estudar a cidadania de muitas maneiras. Aqui vamos conhecer o desenvolvimento da noção de cidadania, e explorar como e possível exercitala quando reivindicamos um direito, participamos de uma eleição para escolher o presidente do Brasil ou de uma eleição no sindicato, nos candidatamos para representar nosso bairro em um conselho publico ou ingressamos em um movimento social. Estudando a cidadania, passamos a compreender como as responsabilidades ligadas a vida em sociedade são divididas e podemos refletir sobre as melhores maneiras de contribuir para que o mundo venha a ser cada vez mais parecido com aquele que sonhamos para as próximas gerações. E por isso que, estudando a cidadania, estamos envolvidos com o passado (a historia), o presente (nosso dia a dia) e o futuro (aquilo que sonhamos). Vamos conhecer mais!



A CIDADNIA EM CONSTRUÇÃO

Quando acessamos algum serviço publico, e comum preenchermos fichas ou entrarmos em contato com documentos em que esteja escrita a palavra cidadão. Muitas vezes, durante um noticiário ou num artigo de opinião num jornal, lemos ou ouvimos falar em cidadania. Mas o que e cidadania? Será que todas as pessoas do mundo são cidadãs?

Apesar de a noção de cidadania ter nascido na Grécia, a palavra

vem do latim, civitas, e designa quem habita uma cidade.

Na Grécia antiga, fazia-se uma divisão entre dois mundos: o mundo público e o mundo privado.



 Grécia antiga é o nome que se dá ao período em que a civilização grega viveu um grande desenvolvimento. Tem início por volta de 2000 a.C. (antes de Cristo) e segue até 359a.C., quando os gregos, enfraquecidos por uma série de guerras, foram derrotados por outro povo. Na Grécia antiga, ocorreu um importante avanço em muitas áreas do conhecimento humano como as artes, a poesia, a filosofia e a política



No mundo público, as ideias eram debatidas. Quando os homens faziam isso, colocava em pratica o direito de decidir o que era bom ou ruim para o grupo, para a cidade, para o mundo em que viviam. Mas quem eram as pessoas que faziam parte dessas discussões?

Os chamados cidadãos, homens livres que não exerciam nenhuma atividade manual e, embora fosse minoria, decidiam por todos. Mulheres, escravos e estrangeiros não participavam dessas decisões, porque, para a sociedade da época, eles não tinham o direito de opinar. No mundo privado, as atividades domésticas eram responsabilidade de mulheres e escravos. E, então, a vida na Grécia antiga era igual para todos?

Vamos ver mais de perto.

Os cidadãos gregos se encontravam na agora (praça publica) para debater as questões comuns da cidade. Entre os que participavam, todos eram considerados iguais. E por isso não havia aquele “que sabia mais” ou aquele “que podia mais”. Quando algo precisava ser decidido, cada um dizia o que pensava a respeito e só então a decisão era tomada, definindose entre eles quem faria o que. Dai surgiu a chamada democracia direta.

Parece muito interessante e justo, não e mesmo? Mas não podemos esquecer que muitos ficavam de fora dessas tomadas de decisão! Além disso, entre os homens que participavam das decisões, oradores e filósofos tinham enormes prestigio e tomavam decisões politicas que afetavam todo o povo grego.



Vamos voltar para a ideia de democracia.

O que significa essa palavra?

Democracia significa que o povo é quem governa. Demos = povo. Kratos = poder

A palavra democracia também vem do grego, povo que, como já vimos, praticava a chamada democracia direta, em que os cidadãos discutiam e tomavam decisões sobre os rumos da cidade, por meio do voto.

Os gregos ficaram também conhecidos por serem os criadores da filosofia.


Você já ouviu falar de filosofia?
Filosofia quer dizer amor pela sabedoria. Os filósofos tentam entender e explicar o mundo; como são as pessoas e por que elas são como são. Tentam entender os outros, seus atos, seus pensamentos, seus sentimentos…
Fazendo perguntas, os primeiros filósofos duvidaram das verdades conhecidas. Assim, perguntavamse: o que e a felicidade, o amor, a verdade, o conhecimento, a natureza, a virtude. Também buscam um sentido para a história, a matemática, a astronomia, a física, a medicina, a politica e o comportamento. Todas essas questões foram importantes para a construção do que sabemos hoje a respeito desses assuntos e também para a formação da ciência moderna.
Na Grécia, surgiram os primeiros grandes filósofos.


O filósofo grego Sócrates (nasceu em 469 ou 470 a.C. e morreu em 399 a.C.), considerado o pai da filosofia, afirmava que, para conhecer o mundo, o ser humano tinha de reconhecer sua própria ignorância. Por isso, era necessário perguntar e perguntar ate chegar à verdade, ao verdadeiro conhecimento sobre alguma coisa.




II - Cidadão, sujeito livre.






Mas o que democracia tem a ver com cidadania?

Será que existe cidadania sem participação?

Sem que seja reconhecido o direito de as pessoas tomarem decisões que afetam suas vidas? Ou, ainda, sem que todos tenham suas necessidades básicas garantidas?

Vamos refletir sobre a situação hoje. Como se sente? Você se vê como cidadão? Sabemos que sem um trabalho remunerado, sem um salario, sem estudar , enfim um objetivo para nossas vidas não conseguimos satisfazer as necessidades humanas. Ainda que se viva em condições mínimas, fica muito difícil participar de atividades sociais (encontros com amigos, festas, jogos de futebol, cinema, clubes, teatro). Não podemos fazer planos para o futuro nem conquistar novas amizades. Tudo isso abala nosso amor-próprio. Afinal, o trabalho, o estudo, planejar nossas vidas  não e apenas uma forma de ganhar a vida, mas também de conhecer pessoas, ter amigos, enfim, nos integrar a sociedade.

Ou seja, se não estamos em atividade e pensando e planejando minimamente no nosso futuro, agindo e produzindo,   nos sentimos excluídos, não e assim? Então, nos perguntamos: por que isso esta acontecendo comigo? Será que me falta alguma coisa para ser um cidadão como outro qualquer? E o que me falta: continuar os meus estudos, qualificação profissional, estudar mais, mais  cursos técnicos? O que mais?

Vamos refletir, por etapas, sobre as respostas a essas perguntas.


Muitas vezes, para realizar nossos desejos e fazer valer nossos direitos, temos de trabalhar.
Quando não conseguimos um emprego, e comum nos sentirmos incapazes, por acreditar que alguns são “naturalmente” mais competentes, mais merecedores e, portanto, mais bem‑sucedidos, enquanto outros “fracassam” porque lhes falta capacidade. Assim, acabamos pensando que as diferenças entre as pessoas são definidas pela natureza, ou seja, não dependem de nossa vontade, e, com isso, nos conformamos com nosso destino, com nossa “sorte”, como se fosse algo natural.

Mas afinal de contas, o que é ser cidadão?

Temos a noção de que cidadão e aquela pessoa reconhecida pela sociedade como alguém livre, capaz de tomar decisões, que têm direitos e é capaz de reconhecer que a demais pessoa também tem direitos: direito de ser respeitados pelos amigos, parentes, colegas de trabalho; direito de votar; direito de estar bem informadas sobre a realidade dos pais; direito a saúde, a educação etc.
Vamos ver como isso funciona na pratica.




III – OS DIREITOS
O Dicionário Houaiss define a palavra direito como: “aquilo que e facultado a um individuo ou a um grupo de indivíduos por forca de leis ou dos costumes”. O direito e uma faculdade. Isso significa dizer que os direitos foram conquistados no decorrer do tempo. Passou‑se muito tempo para que os seres humanos decidissem viver segundo normas e leis.
Vivendo em sociedade, seguimos normas e leis que já existiam antes de nascermos. E se não concordamos com as normas e leis que existem? Podemos procurar formas e espaços (associação de moradores, sindicatos, partidos políticos etc.) para sugerir outras normas e leis. E assim que elas mudam ao longo do tempo, com as pessoas que se preocupam com as mesmas questões se organizando e agindo para fazer valer o que elas pensam ser o melhor para a vida em sociedade.
E por isso que ter cidadania não e apenas seguir as normas e leis que existem, mas também participar da formulação e realização de novas normas e leis, discutindo‑as e refletindo sobre elas.
Nenhuma das conquistas dos seres humanos por liberdade e igualdade aconteceu do dia para a noite. As igualdades no mundo foram resultado de muita luta pelos que não tinham os mesmos direitos que os outros.
E não podemos esquecer que a luta por direitos depende das “vontades” de um povo, daquilo que ele acha importante conquistar (ou evitar); ou seja, os direitos tem relação com os valores de cada sociedade.

Todos nos temos alguma ideia a respeito da sociedade, da politica, das atitudes consideradas certas ou erradas em nossa época, os chamados valores.


O que são valores?

Quando pensamos em valor, quase sempre nos vem à mente: “deve ser o preço de alguma coisa”. Mas será que quando falamos em valor só tratamos dos “preços das coisas”?

Podemos compreender valor pensando também naquilo que consideramos certo ou errado, verdadeiro ou falso, bom ou ruim, bonito ou feio, importante ou não. Todos nós, portanto, temos valores que vamos construindo em nossa vida. Existem valores de todos os tipos: éticos (moral), estéticos (artes), econômicos (dinheiro, bens, trabalho), intelectuais (conhecimento), políticos (poder, governos), entre outros. E também temos valores pessoais e individuais, que nem sempre são os mesmos do grupo com o qual convivemos.

Mas uma coisa é certa: nunca estamos sozinhos em nossas opiniões; sempre existem pessoas que pensam como nós. Vamos ver um exemplo do que são valores? Quando julgamos as atitudes de alguém, sempre o fazemos em nome de determinado valor. Pense na seguinte situação: uma pessoa, para “subir na vida” (ter uma promoção no trabalho), bajula o chefe e faz intriga, cria um diz que diz, com seus colegas de trabalho. Criticamos ou concordamos a atitude ela em nome de determinado valor.

Como estávamos falando, os direitos dos cidadãos foram sendo constituídos ao longo da história, revoluções e mudanças bruscas no curso histórico, ou seja custou muitas vidas para construir o valor-ação da cidadania.                 Eles estão divididos em:
Direitos civis – engloba liberdade individual, liberdade de palavra, pensamento e fé, liberdade de ir e vir, direito a propriedade, direito de firmar contratos e direito a justiça.
Direitos políticos – garantem a possibilidade de eleger e de se eleger para cargos políticos ou para fóruns de decisão. Mas também asseguram o direito de participar das decisões politicas do país, por meio do voto.
Direitos sociais – tem como objetivo garantir um mínimo de igualdade entre as pessoas; assim, tenta‑se garantir justiça social, por meio do acesso a educação, a moradia, a saúde, aos direitos trabalhistas, entre outros.
Podemos acrescentar um quarto direito
Direitos Humanos - são os todos os direitos relacionados à garantia de uma vida digna a todas as pessoas. Os direitos humanos são direitos que são garantidos à pessoa pelo simples fato de ser humana. Assim, os direitos humanos são todos direitos e liberdades básicas, considerados fundamentais para dignidade.

Tornou-se comum hoje em dia rejeitar antes de conhecer, a ideia de cidadania e  sua importância na organização da sociedade, confundindo direitos com privilégios. É exatamente ai o ponto central da discussão, a cidadania foi constituída poque grupos restritos de pessoas são privilegiadas, nem mesmo a lei alcança seu privilégios, não são julgados pela mesma lei. É dessa situação que muito conflito social aconteceu e acontece ainda porque a sociedade não aceita privilégios de pequenos grupos sociais, assim foi na revolução francesa entre 1789 e 1799, assim foi em 1920 no Brasil com o tenentismo (movimento político-militar, uma série de rebeliões de jovens oficiais de baixa e média patente do Exército Brasileiro (tenentes) no início da década de 1920 descontentes com a situação política do Brasil) e como nos movimentos sociais como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). Todos esses exemplos do passado e do presente, marcam a trajetória da construção da cidadania. 

A Cidadania como tema de redação.


Compreender os conceitos da cidadania e seu funcionamento é um recurso essencial para redigir a sua  redação dissertativa nos vestibulares e ENEM. Por exemplo: o tema da redação do Enem no ano de 2019 foi "Democratização do acesso ao cinema no Brasil" poderíamos abordar de várias formas, mas uma que pode apoiar a sua redação é argumentar que democratizar o acesso ao cinema é um meio de promover a cultura das pessoas do seu país é que o acesso ao cinema é um direito social, ou seja, acesso a bens culturais que promovam a inteligência coletiva e o pertencimento dos cidadãos ao seu país. Essa seria uma possibilidade de concluir sua redação.  
   

Vídeo do canal Caçadores de Horizontes sobre o Tenentismo contado no livro " A noite das grandes fogueiras" do jornalista Domingos Meirelles. Esse acontecimento histórico é palco de uma guerra civil na cidade de São Paulo. Jovens Tenentes exigiam eleições livres e reformas sociais nos anos 20 do começo do século 20. 





O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto é uma resposta a falta de moradia nas grandes cidades brasileiras, concentrados , geralmente nas capitais. Na cidade de Mogi Guaçu, ainda não ocorreu esse tipo de fenômeno devido as políticas de acesso a casa própria, ou seja , vários governos municipais investiram na construção de moradias populares atendendo um direito social que é o acesso a compra da casa própria, lembrando que um valor compartilhado na sociedade é ter a chance de trabalhar e conquistar sua casa própria de forma digna e com o fruto do seu trabalho. Essa situação não acontece na maioria do nosso país, por isso, quando o poder público não atende um direito, nasce os movimentos sociais que buscam viabilizar um direito, no caso a casa própria(moradia).

DIA DE FESTA documentário sobre as ocupações de prédios abandonados no centro da cidade de São Paulo, 2004.
A metáfora Dia de Festa é utilizada por integrantes de movimentos de sem-teto para designar o dia em que uma área ou imóvel será ocupado. E é justamente este o roteiro do documentário de Toni Venturi, que acompanhou ocupações promovidas por membros do MTST (Frente de Luta por Moradia) no Centro de São Paulo.




Assista a entrevista do cineasta Toni Venturi sobre o documentário Dia de Festa.



Responda o questionário acessando o link abaixo 



https://forms.gle/WzLJRqtT2if8vvrc7
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