quarta-feira, 1 de abril de 2020




MATERIAL PARA  ESTUDO TERCEIRO  ANO “3C” 
PROFESSOR   TOM               DISCIPLINA :  GEOGRAFIA

REGIONALIZAÇÃO DO MUNDO


Frequentemente, ouvimos falar de uma “região” ou outra do espaço. Mas o que isso significa? Por que será que as pessoas dividem o espaço em regiões? Afinal, o que é regionalizar?
Regionalizar é dividir ou classificar o espaço geográfico a partir de critérios específicos. Assim sendo, eu posso classificar qualquer porção do espaço em várias áreas conforme uma característica que eu tenha escolhido antes.
Por exemplo: vou regionalizar a área da minha casa. Para isso, vou escolher o critério da minha regionalização, que será: os locais onde eu posso brincar. Dessa forma, a região que envolve os locais onde eu posso brincar abrange o meu quarto, a sala, a varanda e o quintal. Já a outra região, a dos lugares que eu não posso brincar, envolve o banheiro, o quarto dos meus pais e a cozinha. Temos, portanto, diferentes regiões de um mesmo espaço, que é a minha casa.
Semelhantemente, acontece com o Brasil, por exemplo. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) escolheu a posição geográfica e as divisas políticas entre os estados para criar as cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
O mapa a seguir é uma divisão regional da Terra com base na divisão dos países desenvolvidos e emergentes ou subdesenvolvidos.

A regionalização do mundo entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos
Os países em azul, no mapa, formam a região dos países desenvolvidos, que apresentam os maiores índices de desenvolvimento humano, econômico e social. Já os países em vermelho são aqueles considerados emergentes ou subdesenvolvidos, com as piores condições de vida entre suas populações. Essa divisão representa uma das muitas formas possíveis de regionalizar o mundo.
Se pensarmos bem, as regiões não existem de fato no espaço. Elas são apenas criações realizadas para organizarmos e estudarmos as características que marcam as sociedades e os lugares onde elas vivem. Regionalizar é, portanto, organizar o mundo e os diferentes locais em que vivemos.

EXEMPLO DE REGIONALIZAÇÃO




DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A expressão desenvolvimento sustentável é utilizada para designar um modelo econômico que busque conciliar desenvolvimento econômico à preservação e manutenção dos 
recursos naturais disponíveis. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), desenvolvimento sustentável é definido como “aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.

Este conceito foi apresentado ao mundo em um estudo realizado pela ONU em 1987, chamado “Nosso futuro comum”. Entre dezenas de recomendações, apresenta duas preocupações fundamentais:
  • A preservação do meio ambiente para as futuras gerações – garantindo recursos naturais para a subsistência da espécie humana e demais seres vivos.
  • A diminuição da fome e da pobreza – que segundo o estudo, é causa, mas também é provocada pelo desequilíbrio ecológico e pelo alto padrão de consumo.
Aqui compreendemos que o conceito de desenvolvimento sustentável não se limita apenas à noção de preservação dos recursos naturais. Para construir sociedades sustentáveis é necessário ter por princípio, a equidade econômica, a justiça social, o incentivo à diversidade cultural e defesa do meio ambiente.
O entendimento que existe uma ligação entre pobreza e degradação ambiental, é uma das bases do conceito de desenvolvimento sustentável. A promoção da melhoria da qualidade de vida das populações pobres, a evolução nas políticas de saneamento, saúde e combate à fome são tão importantes para as gerações futuras quanto a disponibilidade de recursos naturais.
Sustentabilidade
O princípio da sustentabilidade propõe que o crescimento econômico não deve provocar a degradação ambiental ou o esgotamento dos recursos naturais. Dentro do sistema atual, em que a base está na sociedade de consumo, este conceito parece ser inviável do ponto de vista prático, pois o crescimento econômico teria que ser limitado para alcançar o objetivo proposto.
Os entusiastas da sustentabilidade, no entanto, argumentam que a efetivação da proposta depende do investimento no desenvolvimento de novas técnicas de produção, com menores impactos ao meio ambiente e a adoção de novos hábitos de consumo, que tivessem como foco o desenvolvimento sustentável.
Desenvolvimento sustentável no Brasil
O princípio de desenvolvimento sustentável está contemplado na Constituição Brasileira de 1988, que vigora até a atualidade. A carta magna do país dedicou, pela primeira vez um capítulo inteiro ao tema Meio Ambiente. Em seu artigo 225, institui que:
“Todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”
No texto acima é possível notar que os aspectos sociais como a qualidade de vida dos cidadãos e a necessidade de preservação dos recursos para o futuro não foram esquecidos, estando assim em consonância com o conceito global de desenvolvimento sustentável.
No entanto, o efetivo estabelecimento de um modelo econômico dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável pressupõe a participação ativa em ações individuais e coletivas nas esferas local, regional e mundial.
A promoção desse modelo demanda a participação do Estado, é claro, no entanto, empresas e indivíduos devem colaborar para a redução da exploração de matérias primas, uso racional de recursos como água potável e energia, sempre buscando evitar o desperdício.
Bibliografia:






CONFLITO NORTE X SUL - CORRENTES MIGRATÓRIAS


Causas e consequências das Migrações Internacionais e os Novos Fluxos Migratórios


O conteúdo de migrações internacionais e novos fluxos migratórios é um dos mais cobrados no ENEM e ele envolve tanto a parte histórica quanto atualidades.
Para que a gente possa debater sobre os principais fluxos de migrações internacionais e novos fluxos migratórios precisamos estar com os conceitos bem definidos em mente. Vamos lá, então!
    • Imigração: entrada/chegada;
    • Emigração: saída/ida;
    • Transumância: deslocamento sazonal, ou seja, por um período;
    • Êxodo rural: saída em massa do campo/permanente;
    • Movimento pendular: deslocamento diário em função de trabalho, estudo;
    • Deslocamento compulsório: saída forçada.

Migrações Internacionais no ENEM

Século XVI ao XIX

Os principais fluxos migratórios desse período estão associados à colonização das Américas. Assim, o deslocamento de europeus e africanos (como mão de obra escrava) para as colônias americanas é bastante intenso nessa época.

Século XIX ao XX (década de 1950)

Como a prova do ENEM exige de você conhecimento e habilidades, é preciso associar os contextos históricos com os fluxos de migrações internacionais e novos fluxos migratórios. Por isso, sabemos que durante o século XIX a Europa vinha passando por vários conflitos, sobretudo, causados pelo período de unificação, quando estava se formando os Estados nacionais. Após as unificações, houve também o período das duas guerras mundiais.
E se está tendo algum tipo de conflito não é legal ficar no meio, não é mesmo? Isso faz com que as pessoas se desloquem no espaço, por esse motivo, elas migram.
Para além disso, a população europeia se encontrava em um boom demográfico, ou seja, a população crescia muito, estava numerosa. Contudo, a alta falta de emprego, ocasionada, principalmente, pelos conflitos e guerras afetou o status da explosão demográfica, que a população vinha passando, gerando mais um fator de deslocamento.
Os principais destinos que recorriam eram as colônias asiáticas e africanas (lembrem também que nesse período a Ásia e a África foram repartidas pelo imperialismo).
Ps.: dá uma olhada de novo no mapa acima.

Década de 1950 até 1970

Sabemos que com o final da Segunda Guerra Mundial veio a Guerra Fria. Nesse período a Europa se encontrava física e economicamente destruída. Logo, enfraquecida para controlar suas colônias. Tal fato favoreceu a independência das colônias.
Assim, temos um grande fluxo de retorno para a Europa.
Década de 1970 até hoje
Atualmente, um grande fluxo de migração internacional é a saída de pessoas dos países periféricos para os países centrais, em busca de melhores condições de vida, como oportunidades de emprego, educação, maior segurança e estabilidade.


Fluxo
A migração sul-sul, entre os países periférico também é significativa e percebemos que os países emergentes polarizam tais fluxos. Conflitos locais, guerras civis, instabilidade política e financeira são fatores repulsivos. Exemplos:
– Bolívia, Venezuela para o Brasil
– Países da África central para a África do Sul
Por fim, temos a saída de pessoas qualificadas dos países periféricos para os centrais. Chamamos esse fluxo de fuga ou migração de cérebros, pois se trata de uma pequena parcela da população.

Crise dos Refugiados

Após o período de Primavera Árabe, diversos países do mundo árabe ficaram instáveis politicamente e ascenderam conflitos locais por disputas de território. Um caso que perdura até hoje é o da Síria.
Essa grande instabilidade provoca um deslocamento compulsório da população, que necessita se refugiar em outro país.
Segundo a ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) refugiados “são pessoas que estão fora de seu país de origem devido a fundados temores de perseguição relacionados a questões de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um determinado grupo social ou opinião política, como também devido à grave e generalizada violação de direitos humanos e conflitos humanos”.

Consequências

O imigrante enfrenta diversas adversidades em seu destino, a começar pela adaptação de um novo lugar, cultura, língua, costumes.
Entretanto, nem sempre o imigrante é bem recebido pela população local. A aversão ao estrangeiro denominamos de xenofobia. O discurso contra o imigrante é uma questão muito atual. Chegando em alguns casos de violência contra o estrangeiro.
Tal discurso, muita das vezes, alcança a esfera política e vemos, assim, argumentos defendendo a criação de barreiras, sobretudo físicas como os muros, e políticas governamentais para conter a chegada de imigrantes




BLOCOS ECONÔMICOS
Com o fenômeno da globalização, o mercado internacional tornou-se bastante competitivo, diante disso, somente os mais fortes prevalecem. O que acontece é uma disputa por mercados em âmbito global.

Muitos países, com o intuito de se fortalecer economicamente, unem-se para alcançar mercados e verticalizar a sua participação e influência comercial no mundo. A criação de blocos econômicos estreitou as relações econômicas, financeiras e comerciais entre os países que compõem um determinado bloco econômico.

Atualmente existem muitos blocos econômicos, formados há décadas.

O MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) foi fundado em 1991, constituído por Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, países da América do Sul que buscam a integração e o fortalecimento econômicos dos países-membros.

A União Europeia (UE) foi instituída no final dos anos 50, embora tenha sido oficializada somente em 1992, os países que fazem parte são: Alemanha, França, Reino Unido, Irlanda, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Itália, Espanha, Portugal, Luxemburgo, Grécia, Áustria, Finlândia e Suécia, nesses países corre uma moeda única, o euro, com exceção da Dinamarca (coroa dinamarquesa), Suécia (coroa sueca) e Reino Unido (libra esterlina).

Exemplos como a UE e o MERCOSUL ocorrem a partir de acordos comerciais estabelecidos entre os países membros, nesse caso implantam medidas que eliminam total ou parcialmente as barreiras alfandegárias, como eliminação de tributos, além da circulação de mercadorias, capitais, serviços, pessoas e outros pontos que o bloco julgar necessário.

O que se espera com a formação de blocos econômicos é a intensificação econômica e a flexibilização comercial entre os integrantes.

Existem outros órgãos comerciais, como por exemplo, a OMC (Organização Mundial do Comércio), que integram todos os países que participam do comércio internacional, essas instituições têm como objetivo fiscalizar e mediar as relações comerciais para que não haja partes favorecidas.

Os principais blocos econômicos do mundo são União Europeia (UE), MERCOSUL (Mercado Comum do Sul), Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacifico) e o NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio).





















Nenhum comentário:

Postar um comentário