domingo, 17 de maio de 2020

Atividade 3°A,3°B,3°C-SOCIOLOGIA-Prof.José Valério-entregar na escola dia 22/05

Atividade 3°A, 3°B, 3°C - SOCIOLOGIA -

 Prof. José Valério

Atividade da semana do dia 18 a 22 de maio 

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 

( Para que o aluno possa calcular o tempo de leitura é de 5 minutos, o tempo de elaboração do rascunho e texto final são 20 minutos. Total para essa atividade 25 minutos que o aluno ocupará do seu tempo de estudo)

Para ser entregue sexta feira, 22 de maio de 2020, na escola,  3°A e 3°B a entrega deve ser realizada das 11h:00 as 12h:30 e o 3°C das 19h:00 as 20h:30.


- Como o  aluno deve proceder:
Em uma folha separada (folha de caderno, almaço ou sulfite) contendo no cabeçalho as seguintes informações: Nome da Escola, nome do aluno, n° do aluno, série do aluno, turma do aluno, data da entrega e nome da Disciplina de Sociologia e nome do professor.

- Após essa identificação, o aluno deve proceder a leitura do texto que está publicado aqui no blog e escrever na folha separada  uma interpretação do seu entendimento sobre o texto, isso significa conseguir responder no seu texto as indagações do autor.  

“ATENÇÃO, NÃO É PARA  ENTREGAR A ATIVIDADE COMO SE FOSSE UM QUESTIONÁRIO COM  PERGUNTAS  E RESPOSTAS.”

O aluno deve escrever um texto contínuo com parágrafos. O texto deve apresentar/expressar os seguintes questionamentos do autor:     

O que o autor está analisando?
Com quem dialoga?
O que o autor defende?
Com quais argumentos?


Texto para leitura e interpretação: 

A cidadania vertical no Brasil: o caso do Coronavírus

Por Marcelo da Silveira CamposDoutor em Sociologia pela USP, professor da UFGD e professor convidado da Faculdade de Medicina da USP. Também é pesquisador e Pós-Doutorando no INCT-InEAC/UFF.

Isolamento parcial, ou vertical, como vem sendo denominado, consiste essencialmente em retirar das relações sociais somente os grupos mais suscetíveis à mortalidade pela COVID-19 como, por exemplo, as pessoas acima de 60 anos, portadores de doenças como hipertensão, diabetes.[...] Entretanto, em constantes reuniões e pronunciamentos no Planalto, diga-se muitas vezes contrárias às diretrizes do próprio Ministro da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, as autoridades federais admitem que não há qualquer estudo para justificar tal orientação [...]
O que quero chamar a atenção para reflexão é que a ideia do isolamento vertical, contudo, não é (nem nunca foi) nova no Brasil. Especialmente, quando nós relacionamos essa proposta de isolamento vertical à cidadania vertical no Brasil. Em termos sucintos podemos dizer que a cidadania é vertical no Brasil porque ela é desde sempre uma cidadania fundamentalmente hierarquizada: os grupos privilegiados, que constituem uma pequena parcela da população, possuem a maioria dos recursos sociais, jurídicos, econômicos e simbólicos para exercer a diferenciação e reproduzir a desigualdade no espaço público e no espaço privado; por outro lado, a maioria da população que são as classes menos privilegiadas e compõem fundamentalmente o mercado de trabalho dos serviços domésticos, trabalhadores da indústria de bens e serviços, trabalhadores do mercado informal e os profissionais da saúde que atuam na ponta das redes de assistência social não detém os mesmos recursos sociais, jurídicos e econômicos para exercer os direitos no espaço público e privado, ou seja, para ser e exercer uma cidadania horizontal.
Ora, como se sabe é a composição do nosso mercado de trabalho durante o século XIX, constituído basicamente pela escravidão massiva de negras e negros, que faz com que uma cidade como a do Rio de Janeiro tinha aproximadamente 50% da população formada por escravos. É do mesmo século XIX, que uma das primeiras obras consideradas sociológicas no país – Os Sertões de Euclides da Cunha – descreve como, na recém-república, Canudos atraiu centenas de nordestinos pobres despertando a ira dos grandes fazendeiros e elite política: morreram mais de 15 mil pessoas no país sendo a grande maioria, os pobres.
Chamo a atenção para estes dois pontos porque, no meu entender, eles estão articulados na reação sociopolítica ao COVID-19; e constituem, hoje, o maior risco para o alastramento da doença em nosso território e um novo genocídio da população pobre e periférica do país: a defesa política do isolamento vertical (e os seus defensores) representam o maior risco à nossa democracia, bem como, representam a continuidade de uma cidadania verticalizada e hierarquizada. Logo, os trabalhadores das classes médias altas e altas continuarão em seus isolamentos horizontais, trabalhando home office, e tomando as medidas de não exposição necessárias para todas e todos. No entanto, o isolamento vertical atingirá majoritariamente os moradores das periferias e favelas das grandes cidades brasileiras, os trabalhadores da saúde que dedicam suas vidas ao trabalho na ponta da saúde pública e assistência social, os empregados domésticos, os 12 milhões de desempregados, os encarcerados. Estes, sim, estarão expondo novamente suas vidas ao isolamento vertical. E, novamente, a cidadania vertical no país.
De modo contrário, a defesa do isolamento horizontal, portanto, igualmente distribuído para os diferentes grupos, setores e classes sociais da população - com todos submetidos à mesma medida de quarentena - é algo mais do que necessário. Mas, infelizmente, inconcebível para boa parte dos setores privilegiados no Brasil. Trocando em miúdos, como nos ensina a canção do Chico: o isolamento horizontal está relacionado fundamentalmente a uma concepção prática no espaço social – público e privado - de exercício de uma cidadania plena (parafraseando Parsos no sempre necessário texto sobre a “Cidadania para um Americano Negro”) para todas e todos. O que em nossa história republicana continua tarefa urgente: uma cidadania plena para os brasileiros, especialmente, para os negros e negras, os periféricos, as empregadas domésticas, as trabalhadoras da saúde que não querem mais nada vertical. E sim horizontalidade.



Executar a leitura do texto, interpretar e escreve (manuscrito) um texto numa folha separada identificada ( nome da escola, nome do aluno, número do aluno, série do aluno e turma do alno, nome da disciplina Sociologia e nome do professor). Esse  texto que você irá criar deve responder aos seguintes questionamentos do autor do texto: 
O que o autor está analisando?
Com quem dialoga?
O que o autor defende?
Com quais argumentos? 
ATENÇÃO, não é para entregar um questionário com perguntas e respostas, é para produzir um texto contínuo em que as indagações do autor sejam respondidas na forma de texto.

Para ser entregue sexta feira 22 de maio de 2020 
Qualquer dúvida é só entrar em contato com o professor. 

Atividade da semana do dia 11 a 15 de maio 

O professor irá avaliar no texto da aluna (o) se atingiu as competência /habilidade para: 


Estabelecer uma reflexão crítica sobre a formalização dos direitos da cidadania e as suas possibilidades de efetivação.



Ler, interpretar e analisar  o texto e a partir dai produzir seu próprio texto respondendo as indagações do autor.

 partir desses critérios a menção da sua nota será de 1 a 10, sendo que: 

 A  nota 1 até a nota 4 significa que o aluno encontra-se  no nível - Abaixo do básico (recuperar)
 A  nota 5 até a nota 6 significa que o aluno encontra-se no nível - Básico 
 A  nota 7 até a nota 8 significa que o aluno encontra-se no nível -  Adequado
 A nota 9 até a nota 10 significa que o aluno encontra-se no nível  - Acimado adequado

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